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Manhã Maravilhosa de disseminação de conhecimento sobre Autismo
Foto do álbum "Textos" — com Carol Mota.
Autismo e a importância da relação na
Escola
Acompanho uma criança há 8
anos e nossa relação, além de minhas vivências e estudos, me despertaram o
desejo de escrever um pouco sobre isso.
Muitas vezes as pessoas me dizem que
iniciaram um trabalho com uma criança com TEA e me perguntam por onde começar.
Eu sempre respondo: pelo vínculo afetivo. Quando você inicia buscando cativar e
conquistar a criança e quando ela passar a gostar de você, a pedir por você
chamando seu nome, sinalizando corporalmente ou abrindo um sorriso enorme ao te
ver, todo o restante do processo é facilitado. O relacionamento afetivo de
vocês vai oferecer todo suporte para o desenvolvimento intelectual da criança e
para sua aprendizagem.
Observe o brilho nos olhos e o
sorriso da criança enquanto você propõe as atividades de seu interesse, usa os
brinquedos e materiais que ela tanto gosta, e quando ela interage com você.
Está sendo bom e alegre para ela realizar a atividade ou está sendo enfadonho e
ela está realizando a ação de maneira mecânica apenas com o objetivo de
finalizar? Quando falamos de aprendizagem, é importante considerar que ela só
faz sentido quando é prazerosa e, sendo assim efetivamente, as interações
emocionais e um bom vínculo afetivo com o (a) professor (a)/mediador (a) irão
possibilitar a criança superar os diversos desafios acadêmicos que surgirão no
caminho.
Quando a criança sente prazer, ela é
estimulada a aprender. Dessa forma, é fundamental considerar que o processo de
aprendizagem está inteiramente ligado ao contexto afetivo. Na medida que o
sujeito é visto como um todo, suas relações interpessoais (família, pares,
professor/aluno, etc), bem como seu estado emocional, precisam ser percebidos e
considerados como influentes no processo. No contexto da sala de aula, é
fundamental considerar a relação professor/aluno e, sendo esse um aspecto
importante, para as crianças com dificuldade de interação social e comunicação,
é fundamental olhar para isso de modo peculiar e minuncioso. Além de considerar
a importância da troca entre a família e a escola, que favorecerá a criança de
maneira significativa. Quando existem dificuldades e as necessidades afetivas
não são satisfeitas, passa a existir uma barreira no processo de
ensino-aprendizagem e, portanto, para o desenvolvimento do aluno e do
professor.
Promovendo sentimentos agradáveis e
criando uma relação consistente com a criança, o senso de segurança dela e a
confiança em você vai permitir que ela arrisque nos momentos em que se sente
insegura e quando tem dificuldade. A partir disto, pode-se pensar nos conteúdos
a serem trabalhados para favorecer seu desempenho.
Então, professores e mediadores,
brinquem com suas crianças seguindo seus interesses, conectem, investiguem e
tragam para as brincadeiras os personagens que elas gostam, reformulem, busquem
os sorrisos, troquem com a família, troquem com os profissionais que acompanham
a criança e fortaleçam o vínculo entre vocês para em seguida expandir! A partir
deste momento, quando a criança compartilhar da sua companhia com prazer, todo
caminho seguinte do trabalho pedagógico será facilitado. É importante 1) ter um
olhar global e empático quando observamos a criança; e 2) validar seu nível de
desenvolvimento, suas diferenças individuais e suas relações, neste caso
específico a relação professor (a)/aluno(a) para contribuir com os avanços da
criança neste contexto.
Carol Mota Pedagoga
Pós-graduanda em Psicopedagogia
Pós-graduanda em Psicopedagogia
Mestra em Educação, Culturas e Identidades
Integrante do Grupo de Estudos e Pesquisas NINAPI - Neuropsicologia, Afetividade, Aprendizagem e Primeira Infância
textos e fotos do face : https://www.facebook.com/assista.maceio
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